quarta-feira

Fim?

‘‘Não é o fim. Não é sequer o começo do fim. Mas talvez seja o fim do começo.’’ 
(Winston Churchill, 1942)



Vila!

PRIMEIROS ESTUDOS APO



Após o lançamento da proposta de Avaliação Pós Ocupação de residências em conjuntos habitacionais, na disciplina de Atelier de Projeto Integrado, o grupo optou em executar essa atividade com os moradores do Condomínio Village Residence 3, situado no bairro Minas Gerais, no setor  norte da cidade de Uberlândia.


Localização do condomínio no bairro Minas Gerais.



Vista aérea do condomínio Village Residence III e de mais dois condomínios Village.
Com questionamento realizado com os moradores do condomínio, constatamos que as residências de todos os entrevistados são próprias, financiadas, sendo que o valor pago por elas foi de R$38.000,00.  A renda familiar, em todas as habitações entrevistadas pela nossa equipe é superior a três salários mínimos ou um pouco abaixo disso, o que de acordo com os itens do questionário essas famílias possuem renda entre de R$ 1201,00 a R$ 1921,00 ou superior a esse valor.  Alguns possuem automóveis, outros motos e outros não possuem meio de transporte próprio, utilizando o transporte público. Este, aliás, se faz através de uma única linha direta do centro, o que torna a locomoção dos moradores demorada.

Entrada do Condomínio Village Residence III


Vista interna do Village.



   Algumas casas possuem antenas parabólicas ou serviço de TV por assinatura e/ou internet. Porém há algumas que não possuem nenhuma das duas por não permanecerem em casa durante todo o dia.

    Metade dos proprietários entrevistados está muito insatisfeito com a dimensão das casas, pois acreditam que se tivessem uma condição econômica maior fariam maior proveito do espaço. Já a outra metade se encontra plenamente satisfeita, pois vêem o imóvel adquirido como a realização de um sonho e quando não, acreditam que têm o que precisam. Para eles foi consensual que a iluminação natural é presente de forma satisfatória assim como a ventilação; que a temperatura média natural da casa se faz agradável como também segurança do local. Este último item foi o mais citado com o maior índice de satisfatoriedade.

     Na avaliação constatamos que a maioria dos residentes do condomínio está insatisfeita com os barulhos do lugar, pois alegam que no interior das residências percebe-se os ruídos da vizinhança do condomínio, e na rua do próprio bairro não há esse problema. Todos os moradores entrevistados nessa pesquisa estão insatisfeitos quanto à divisão do espaço em suas casas. Um exemplo é a dimensão do banheiro, a abertura do mesmo que se expõe diretamente a janela que liga a casa com a rua; os quartos e a localização da porta da sala.



Porta do banheiro exposta à rua.



      Todos acham que seria necessário pelo menos mais um banheiro, sendo em uma suíte. Às vezes por descuido, ao sair do banheiro com trajes íntimos a janela da sala o expõe a rua. Uma moradora alegou que não abre a porta da sala e quando abre a janela e a cortina permanece fechada.




       Nas habitações do condomínio, a porta da sala situa na parede lateral, perpendicular a parede voltada para a rua, o que ocasiona na falta da privacidade mínima.

Vista do condomínio. Quando a porta de entrada da casa está aberta, permite a visibilidade
de boa parte da sala, o que faz com que os moradores fiquem quase sempre com ela fechada
e recebam os visitantes pela entrada dos fundos/cozinha.


        Os proprietários acompanharam a construção das casas, sendo que alguns deles fizeram alterações ainda na fase da obra, sendo que alguns até fizeram amizade com os pedreiros, atitude reprovada por funcionários da construtora de maior hierarquia.

Cozinha acrescentada ainda na fase da construção.
(Detalhe na faixa de azulejos decorativos)
Antiga cozinha que foi alterada para tornar escritório.


Modificações no banheiro com substituição da
pia e adição do box.
        



No contrato, entre a construtora e o proprietário, constava o termo que a mesma entregaria a casa com acabamento, entretanto todos os entrevistados não quiseram a pia do banheiro e a pia da cozinha oferecidas pela construtora. Segundo os moradores a pia da cozinha era composta de fibra de vidro e a pia do banheiro era um porcelanato de péssima qualidade e um modelo retrógrado.






Cozinha com alterações: acréscimo de azulejos
até a parede e remoção da pia original
      



As reclamações também vieram com relação à qualidade do azulejo, as soleiras das portas e o tratamento de acabamento fornecido as paredes. Alguns moradores trocaram os azulejos e as soleiras das portas originais, uma vez que as mesmas, no projeto eram de ardósia e esses trocaram pela soleira de granito.  Os entrevistados estão insatisfeitos com o tratamento de acabamento das paredes, por essas não serem amaciadas, no entanto essas foram lixadas e revestidas com tinta látex.

  



    Ao analisarmos os quartos das casas, percebemos que em todas as habitações o dormitório do casal não cabe todos os mobiliários de modo que esses podem ser utilizados normalmente. Em todas as residências o layout desse compartimento é semelhante. Só é possível dispor os móveis, cama e guarda roupa, em lugares específicos no cômodo. Só podem abrir o guarda roupa, fechando a porta do quarto. Esse compartimento não proporciona flexibilidade nem oportunidade de identificação do morador com seu próprio espaço.

Disposição dos móveis no quarto de casal.
Guarda-roupa com flexibilidade restrita.


    O cuidado estético com o lar também foi observado.  Em todas as casas observamos que os móveis da sala são de madeira (alguns feitos sob encomenda) e as cores dos estofados do sofá, cadeiras e puff predominam nas corres marrom e bege. Em uma casa uma das paredes da sala se destaca por ser revestida com grafiado em um tom de cor mais escuro.

Preocupação estética nas residências.


        No condomínio Vilage 3, há uma área de lazer, sendo essa composta por churrasqueira,  uma  pia e sanitário. Os residentes alegam que entre as 14 e18h é impossível utilizar o espaço, uma vez que a incidência da luz solar no local é intensa . O mesmo espaço molha durante a chuva, e a água não escorre devido a ausência de ralo para escoamento. 

Área da churrasqueira com infiltração e péssimo escoamento das águas.
Área de lazer com baixo uso de aproveitamento dos usuários.


O bairro possui poucos equipamentos urbanos, se restringindo a apenas uma praça. A opinião dos moradores está dividida nesse aspecto, pois alguns utilizam a praça para descanso e caminhadas e alguns além de não utilizar também não fazem questão de que haja a mesma infra-estrutura.

Residência com infiltração no muro e área permeável alterada.
Apesar de não ser o conjunto habitacional do menor nível sócio-econômico, achamos interessante o estudo deste, pois o mesmo traz aquilo que podemos chamar de “projeto maquiado”, uma vez que externamente muitos podem vê-lo com uma boa oportunidade de habitação, porém não é isso que se vê estando inserido nas problemáticas do lugar. A classe que ali habita, teve oportunidade de investir neste imóvel, mas, diferentemente de casas próprias não totalmente financiadas, não puderam intervir na qualidade dos materiais utilizados e sofrem com os mesmos problemas projetuais e construtivos que qualquer outra habitação de cunho social de menor custo. Deste ponto concluímos que o fato de ser “um condomínio” não atribui qualidade de vida nem tranqüilidade construtiva aos moradores.


Esquadria com rachadura superior em todo o seu comprimento.
 Os mesmos já enfrentaram reformas para se livrar de infiltrações em apenas dois anos de uso das casas. A “maquiagem” utilizada convence os pouco esclarecidos em projetos e materiais; convencem com a idéia de baixo custo e da necessidade de casa própria; acabam por não se preocupar com quem vive ali, com suas verdadeiras necessidades e buscas, pensando apenas em vender de qualquer forma e com o menor custo de produção. Este é o verdadeiro objeto de estudos que vimos: como melhorar a funcionalidade e a flexibilidade em espaços mínimos de forma econômica, com qualidade de projeto e de materiais.

Esquadria mal colocada, já com problemas de infiltração e ferrugem.

Muro de uma das casas com infiltração, fato comum no condomínio.


Residência com uma construção posterior aos fundos. 
Adição de cobertura em parte do fundo para cobrir maior área de serviço.

Residência em reforma.

Improviso de uma cobertura para a garagem, enquanto espera para a construção da cobertura fixa.
Nessa residência ainda permanece intacta a área permeável.
   
Alteração na área de serviço com acréscimo de piso, balcão e ampliação da cobertura.
Planta baixa original

Planta baixa de uma residência alterada

Planta baixa de uma segunda residência alterada

Layout residência 2

Layout residência 3





NA ARQUITETURA TUDO SE CONECTA


Gosto sempre de fazer ligações do projeto que estou criando com objetos simples do dia-a-dia. Acredito que vários objetos nos inspiram indiretamente. Nesse projeto queria fazer a ligação entre dois brinquedos de infância, a boneca de papel e o racha-cuca.
Com a boneca, que se transforma ao longo do dia e de acordo com a ocasião, a alusão seria feita com a casa móvel. Os painéis seriam móveis, conectados aos montantes em espera por pluges e facilmente removíveis, para permitir a adaptação da residência a diversos tipos de família e layouts. Com a maior pesquisa sobre os materiais e o tipo de revestimento escolhido, descobri que não seria possível esse tipo de adaptação, mas sim outro. Aboli as paredes móveis para tipos de residências expansíveis, com a conexão de novos módulos (melhor explicado mais adiante no post).
Já com o racha-cuca a alusão seria feita pelas peças móveis. O morador iria decidir aonde as peças se encaixam e combinam com o seu estilo de vida e necessidades. Essa premissa foi mantida em parte, já que o morador escolhe um dos tipos de módulo disponíveis.


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OS MATERIAIS





O principal material para revestimento das moradias são as placas Ecotop. Elas utilizam como matéria prima o resíduo da fabricação de tubo de creme dental (aparas), e são compostas por 25% de alumínio e 75% de plástico. Estão disponíveis nas espessuras de 6, 8 e 10mm, com peso médio de 14, 18 e 23 kg, respectivamente. Podem ser trabalhadas como a madeira, possuem garantia de 3 anos contra defeitos de fabricação e reduzem o calor ambiente em até 30% em relação as telhas de fibrocimento. São conhecidas como Ecotop (nome de um fabricante) e Ecoplacas tubo.
O modelo escolhido foi o de 10mm por ser compatível com o outro tipo de material utilizado, as placas cimentícias. Essas por sua vez serão utilizadas nas áreas molhadas nas dimensões de 2,00mx1,20m.



INÍCIO DOS MÓDULOS


Os primeiros estudos sobre a planta dos módulos começaram a ser idealizados a partir da separação das tarefas da casa, quais atividades eram feitas durante o dia e quais durante a noite. Como citado anteriormente, a casa seria desmontável de acordo com as necessidades diárias do morador, através de painéis fixos sobre trilhos e pluges, o que seria inconveniente ao morador que a todo momento teria de desmontar a sua casa.

No desenvolvimento do projeto, a separação das atividades diurnas e noturnas, gerou a criação do espaço livre, o dormir/trabalhar e o dormir/brincar.








A sgunda tentativa de montagem dos módulos foi ao extremo oposto de toda a flexibilidade do anterior e gerou de uma tipologia ainda estava muito enraizada com o conceito de moradia feita em alvenaria convencional, o que a tornou pouco compatível com a concepção dos módulos.

Térreo - Área social



Primeiro Pavimento



Nessa etapa começaram a ser projetados alguns mobiliários que ajudariam a compor o revestimento. 








Gostaria de aproveitar o espaço destinado aos reservatórios superiores para a composição do espaço das moradias, uma alusão ao que muito acontece nas favelas. Essa idéia foi mantida até boa parte do desenvolvimento da tipologia, entretanto, ela acabou não sendo a melhor opção de cobertura no final e foi descartada.





DESENVOLVIMENTO DOS QC'S (QUEBRA-CABEÇAS)


Surgiu então a síntese das duas propostas, uma moradia que possa ser flexível e expansível, sem causar transtornos aos moradores. Nela a flexibilidade está presente nos quartos, onde as camas são escamoteáveis para que os mesmos possam ser usados como escritórios ou local de lazer, e na sala, onde o sofá móvel e a mesa retrátil podem ser facilmente empilhados ou armazenados em um painel, deixando todo o espaço livre para guardar motos e bicicletas, por exemplo, segundo os resultados obtidos pela Avaliação de Pós Ocupação realizada. A expansibilidade seria garantida pela possibilidade de agregar novos módulos no nível térreo ou alterar a configuração do mezanino. Assim as casas poderiam ser escolhidas pelos moradores conforme as suas necessidades e garantiria a individualidade de cada um.





 O mezanino (ou sótão) seria utilizado para ampliar a área de armazenamento e de lazer livre, remetendo as lajes comuns às favelas, e que poderiam servir para uma possível expansão vertical. Conforme dito, essa idéia foi alterada.


A partir da união desses módulos foram desenvolvidos vários tipos de moradia, sendo realçados, primeiramente,8 tipos. Eles são adequados para famílias de 2 a 6 pessoas, e podem modificar a sua capacidade conforme modificação do layout dos módulos.









A seguir algumas especificações de três dos oito tipos idealizados:




































Para melhor desenvolvimento do projeto, desses 8 tipos escolhidos, foram utilizados 3 deles, e criado mais outro tipo.


MONTE A SUA CASA


Como resultado das etapas anteriores foram criados módulos que sintetizam os principais compartimentos da moradia, que são o livre, a cozinha, a área de serviços, o banheiro, o dormir-trabalhar, o dormir-brincar e a estocagem.  Os módulos podem ser encaixados e combinados formando diferentes tipologias habitacionais que podem, inclusive, serem expansíveis quando houver a necessidade. Essa expansibilidade é garantida pela possibilidade de agregar novos módulos no nível térreo. Assim as casas poderiam ser escolhidas pelos moradores conforme as suas necessidades e garantiria a individualidade de cada um.

A maioria dos módulos possui a estrutura exposta, idéia baseada no exemplo das Cabanas Moreava. Elas são uma alternativa para hospedagem barata nas Eastern Islands e sua estrutura tanto está exposta, como são o diferencialda construção.
A montagem inicial das moradias parte de quatro módulos básicos: livre, cozinha, área de serviço e banheiro. Esses podem variar quanto ao local da implantação, mas sempre estarão presentes em todas as tipologias. A partir do embrião formado por eles vão sendo acrescentados os demais módulos. A seguir uma descrição de cada um dos módulos:
O módulo LIVRE é o maior de todos e o articulador do espaço. Nele estão previstas atividades como sala de estar, TV, refeições, circulação para os demais cômodos e apoio da cozinha. Ele possui dois mobiliários acoplados, que são o sofá e a mesa libélula. Ambos são retráteis para permitir que o espaço se torne livre para abranger outro tipo de atividade, como guardar motos e bicicletas à noite. Esse módulo possui 6,00 X 4,00m, gerando uma área de 24 m².
O espaço reservado para a COZINHA abrange somente a sua bancada principal. A circulação relacionada à ela e a mesa de apoio estão inclusas no módulo livre, o que a torna inseparável do livre. O módulo cozinha possui 0,50 X 3,00m, gerando uma área de 1,5m².
ÁREA DE SERVIÇO inicialmente possuia seu acesso externo à edificação, mas seria coberta e fechada, para gerar melhor conforto e evitar furtos. No momento de sua utilização, um dois painéis seria aberto permitindo o acesso à pia e à lavadora. Com a implantação em vila essa proposta foi alterada, passando o acesso a ser realizado internamente.
O módulo BANHEIRO é dividido em três partes, a área destinada ao chuveiro, a da bacia sanitária e a pia. A divisão entre esses espaço é feita por painéis mais baixos e por portas, para que cada integrante da família possa usar um sub-módulo por vez, gerando mais dinamismo. Os sub-módulos possuem 1,00 X 2,00 m cada, tendo o módulo banheiro uma área total de 6m².
O ambiente DORMIR-TRABALHAR é destinado para abrigar a cama de casal no período noturno e um escritório no diurno. A alternância de atividades é criada pelos móveis escamoteáveis acoplados em um dois painéis de revestimento. Com uma área de 9m², gerados pelos 3x3m de extensão, esse módulo pode ser repetido na moradia.
Bem parecido com o dormir-trabalhar, o módulo DORMIR-BRINCAR também agrega duas diferentes funções, a de dormir no período noturno e a de brincar no diurno. Esse módulo com 6m², distribuídos em 2x3m de extensão, é próprio para abrigar crianças, sendo possível a utilização de mais de um dele na mesma tipologia de moradia.
O módulo ESTOCAGEM é o menor de todos e pode ser anexado a qualquer um dos demais módulos. Com uma de suas fachadas aberta ou móvel, ele permite o armazenamento de diversos tipos de materiais, desde roupas até alimentos, sendo ainda possível sua utilização como estante. As mínimas dimensões desse módulo são 0,5X1m.



LEITURA DO TERRENO


O terreno fica na avenida Afonso Pena, entre  as ruas São Salvador e  Natal


o terreno fica na Zona Mista - representada em laranja no mapa.


Mapa de Uso e Ocupação do solo da região do terreno. O bairro Nossa Senhora Aparecida é  em sua maioria residencial, porém com uso comercial concentrado nas avenidas Afonso Pena e Floriano Peixoto.

A maioria dos lotes no entorno imediato do terreno é de uso residencial, seguida pelo uso  comercial. O mapa mostra uma área com usos diversificados, própria da Zona Mista.

Mapa disponível em http://udigis.prodaub.com.br/udigis/main.asp
Segundo os dados disponibilizados no site da Prefeitura de Uberlândia apresentados no mapa acima, a região do terreno apresenta:
  • quatro Pontos Culturais (representados pela cruz amarelo ocre): Conservatório Estadual Cora Pava Capparelli, Galeria de Arte Ido Finotti, Teatro de Arena da Praça Sérgio Pacheco e o desativado Teatro Grande Otelo.
  • em relação a hidrografia, a região possui quatro córregos: Tabocas, Cajubá, São Pedro e Jataí.
  • como Pontos Notáveis:
    • no bairro Brasil, vizinho do bairro Nossa Senhora Aparecida, está um dos batalhões do Corpo de Bombeiros Militares
    • o Center Shopping
    • a Prefeitura de Uberlândia
  • possui o Parque do Sabiá
  • apresenta várias praças, em destaque para a Praça Sérgio Pacheco, que é a maior da região e a Praça Nossa Senhora Aparecida, a mais próxima.
  • as cruzes vermelhas representam as Unidades de Saúde. A mais próxima delas é a ONG Grupo Compreensão, de apoio ao dependente químico.
  • a Assistência Social mais próxima é o Núcleo Conviver Bom Jesus.


PRIMEIROS ESTUDOS DA VILA


A primeira idéia para a implantação em vila foi proteger o interior da vila, a área de lazer e convivência, do tumulto e agitação que a avenida Afonso Pena representa. Assim foi pensado uma implantação em formato "U". Para a implantação em vila foram escolhidos, primeiramente, 3 tipos: duplex, térreo com 4 quartos, térreo com 2 quartos. Esses tipos iriam se sobrepor em três níveis e criar a proteção desejada para a área íntima.


Quando os tipos foram sobrepostos em planta iniciaram as dificuldades. A principal era como acessar a área de serviços externa à casa no pavimento superior. A solução foi criar uma circulação horizontal que ligasse as residências e desse acesso à essa área externa.


A implantação foi então determinada pelo acesso principal à residência e pelo acesso à área de serviço, prevendo ainda a permeabilidade para que as casas se expandissem e que os vazios de acesso e iluminação permanecessem. 
Para atingir o número mínimo de 25 casas, foi preciso apenas a criação de um nível superior, com acesso realizado por duas escadas. As tipologias acessíveis ficam locadas todas no pavimento térreo, não sendo necessária a criação de plataformas elevatórias.



 O estacionamento de veículos foi proposto no subsolo, para que houvesse maior espaço para a área central de lazer. Inicialmente ele deveria fica imediatamente embaixo das tipologias, porém a rampa de acesso ficaria com uma inclinação muito alta e desconfortável.
Na área central, como já foi dito, está a praça de lazer e convivência, com espaço para o playground. A área apresenta ainda alguns caminhos que permitem a permeabilidade urbana e árvores para melhorar o sombreamento das casas.



Os 4 tipos escolhidos estão descritos a seguir, sendo que os tipo 1 e 2 podem ser alterados para se tornarem acessíveis.



























A VILA

A concepção de implantação da vila foi mantida, porém, a laje do pavimento superior estava superdimensionada, o que causaria custos elevados e menor ventilação no térreo. Assim, algumas tipologias foram redistribuídas para melhor atender esse quesito.
A cobertura do pavimento superior também foi alterada. Ela gerava um espaço elevado para a moradia, além de problemas de concepção da fachada.
A seguir o resultado da vila e de todos os estudos anteriores.

OS TIPOS

















A VILA!













MAQUETE